Não demorou pouco mais de três semanas do fim do governo para que o mundo inteiro descobrisse que o governo de Jair Bolsonaro negligenciou as demandas sanitárias e de abastecimento de populações indígenas em Roraima.
Centenas de seres humanos desnutridos, dezenas de mortos. Uma cena que possui rimas macabras ao longo da história.
Devemos ser categóricos: o Brasil viveu um genocídio de um de seus povos originários, de maneira sistemática, ao longo destes anos.
Assistimos a invasão de garimpeiros em terras demarcadas e a negligência de remédios e alimentos para centenas de pessoas necessitadas. E que se registre: a negligência foi documentada.
Escolheram figurões políticos locais para assumir postos estratégicos, que demandam grande noção de como funciona o sistema público de saúde. O resultado foi uma entrega de insumos muito menor do que o necessário para aquelas centenas de famílias.
Aparte as medidas que já vão sendo tomadas pelo governo do presidente Lula, haverá muito trabalho para repararmos o que foi feito. É necessário que isso seja exposto vastamente às instituições políticas internacionais, como denúncia do que foi vivido neste país entre 2018 e 2022.
Aliás, nós nunca devemos esquecer de cada evento grotesco, por menor que seja, ocorrido nos anos do fascismo no Brasil. Temos passado demais ainda pela frente.